Colunista e jornal Zero Hora são condenados a pagar R$ 600 mil por reportagem sobre salário de desembargadora — e agora a esquerda grita por liberdade de expressão

Porto Alegre, RS — A Justiça condenou a colunista Rosane de Oliveira e o jornal Zero Hora, do grupo RBS, a pagar uma indenização de R$ 600 mil à desembargadora Iris Medeiros Nogueira, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. O motivo? Uma matéria que expunha a remuneração da magistrada, no valor de mais de R$ 662 mil, considerada pela Justiça como uma violação do “direito à imagem” com “linguagem sarcástica” e “associação a privilégios imorais”.

Sim, você leu certo: a informação era pública e verídica, mas ainda assim o jornal e a jornalista foram condenados. Agora, quem tanto aplaudia decisões judiciais contra bolsonaristas e dizia que "liberdade de expressão não é liberdade de agressão", vê a roda girar com força.

O caso escancara a hipocrisia de setores da grande imprensa que, nos últimos anos, têm sido complacentes com a escalada do autoritarismo judicial no país — especialmente vinda do STF. Basta lembrar que o bordão favorito dos entusiastas do ministro Alexandre de Moraes virou piada nas redes sociais: "Bate mesmo, Xandão!"

Mas parece que agora a pancada mudou de lado. E a turma do “cala a boca, bolsonarista” virou a turma do “liberdade de expressão já!”. A própria Rosane de Oliveira, que sempre demonstrou fervor em defender o cerco judicial a adversários políticos, agora amarga uma multa que dificilmente conseguirá arcar sozinha. A ironia não passou despercebida por comentaristas e internautas: “Alimentaram a cobra, agora foram picados”.

A decisão judicial reconhece que as informações divulgadas eram públicas e verdadeiras. Ainda assim, considerou que o tom crítico e o contexto da reportagem caracterizavam “abuso do direito de expressão”. Segundo a sentença, isso ultrapassa os limites permitidos pela liberdade de imprensa.

A lógica parece simples: se a informação constrange um agente público, mesmo sendo verdadeira, pode ser censurada — desde que um juiz assim interprete. O problema é que essa linha subjetiva de interpretação judicial, que por tanto tempo foi aplaudida por setores da esquerda quando usada contra a direita, agora está virando contra seus próprios aliados.

E aqui está o ponto central: liberdade de expressão não é um favor estatal. É um direito fundamental que protege justamente a crítica aos poderosos — inclusive, ou principalmente, quando essa crítica incomoda.

Além disso, a tentativa da desembargadora de calar a reportagem gerou o conhecido efeito Streisand. Se antes poucos sabiam do salário vultoso recebido, agora todo o Brasil está discutindo a notícia. Nas redes sociais, o caso viralizou como exemplo da seletividade judicial e do privilégio de castas do funcionalismo público.

Vale lembrar: o teto constitucional impede que um magistrado receba mais que um ministro do STF. Mas há décadas juízes burlam isso com “penduricalhos”, verbas indenizatórias e atrasados que somam valores absurdos. Quando esses números vêm à tona, a reação é sempre a mesma: processar quem ousa divulgar.

Mas agora, a velha tática de judicialização da crítica mordeu a mão de quem a alimentou. E o mais irônico é ver os que tanto desdenharam da luta contra a censura, agora sentindo o peso de suas próprias convicções. Como diria o ditado: o mundo não dá voltas, ele capota.

A pergunta que fica é: será que essa condenação servirá para que a imprensa repense seu papel na defesa da liberdade? Ou continuará aplaudindo a censura seletiva, desde que atinja apenas seus adversários políticos?

De uma coisa temos certeza: se a censura vence hoje, amanhã ninguém estará seguro — nem mesmo quem a legitimou.


Título: Novo depoimento de general nomeado por Lula desmonta narrativa da PF e expõe fragilidade das acusações sobre tentativa de golpe

 Brasília, 8 de julho de 2025 — Um novo depoimento prestado pelo general da reserva Júlio César de Arruda, ex-comandante do Exército nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, colocou mais uma vez em xeque o relatório da Polícia Federal (PF) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil. A oitiva desmonta uma das principais teses sustentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF): a existência de um plano militar articulado para impedir a posse de Lula em 2023.

Durante o depoimento prestado ao STF, o general foi taxativo ao negar qualquer envolvimento ou conhecimento de um plano de ruptura institucional. Segundo ele, não recebeu, tampouco discutiu, qualquer proposta golpista. O militar relatou que o encontro com o general Mário Fernandes ocorreu antes da posse de Lula, mas descartou categoricamente que tenha havido qualquer tipo de conversa sobre impedir a posse: “Não, senhor, não discutimos nada. Lógico que não.”

O depoimento se soma a uma sequência de declarações de testemunhas que contradizem frontalmente o conteúdo do relatório da PF. Em vários casos já relatados, a Polícia Federal apontou pessoas em locais ou atividades específicas em datas críticas — como o dia 8 de janeiro — quando provas documentais e tecnológicas mostram que estavam em outros lugares, inclusive solicitando Uber ou realizando pagamentos por aplicativos de delivery.

Além de Arruda, outras figuras militares de peso, como o ex-comandante da Aeronáutica, também negaram qualquer conhecimento de plano golpista. Apesar da imprensa ter noticiado que esse oficial teria confirmado a tese da PF, a análise do depoimento mostra que ele, na verdade, declarou não ter sequer lido a chamada “minuta do golpe”, tampouco ter recebido qualquer ordem nesse sentido. Os relatos, portanto, revelam que não havia uma articulação real, mas sim conversas desarticuladas, documentos informais, e, como alguns classificaram, “aloprados trocando arquivos de Word por WhatsApp”.

O paradoxo da nomeação militar

Um dado frequentemente ignorado no debate é o fato de que Bolsonaro, nos últimos dias de mandato, acatou as sugestões do governo de transição de Lula para os comandos militares. O próprio general Arruda, que substituiu Freire Gomes, foi indicado por Lula e nomeado ainda por Bolsonaro. “Se Bolsonaro estivesse realmente planejando um golpe, faria sentido nomear os comandantes indicados pelo seu adversário político?”, questionam analistas críticos da versão oficial.

Durante os dias que antecederam e sucederam os atos de vandalismo de 8 de janeiro, Arruda permaneceu no cargo por apenas 21 dias. Sua saída, segundo o então ministro da Defesa José Múcio, ocorreu devido à “quebra de confiança”, principalmente pela resistência do general em ordenar a expulsão dos manifestantes acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Segundo Arruda, sua postura foi de respeito ao direito de manifestação — embora não tenha considerado apropriados os protestos com pautas golpistas — e sua função foi evitar confrontos, não impedir prisões, como chegou a ser alegado.

Outro motivo citado para sua demissão foi a manutenção da nomeação de Mauro Cid para um posto de comando em Goiás, feita um ano antes dos fatos investigados. Apesar da pressão, Arruda considerou injusto exonerar Cid, que ainda não tinha qualquer envolvimento comprovado nos supostos atos antidemocráticos.

A postura controversa do STF e da PGR

A condução do processo pelo STF tem levantado duras críticas entre juristas e setores da sociedade civil. Durante a análise da denúncia feita pela PGR contra Bolsonaro e outros acusados, ministros da Corte deram declarações que, segundo especialistas, caracterizam antecipação de juízo de mérito — algo incompatível com o devido processo legal.

Em um episódio emblemático, o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Gonê, teve dificuldades para sustentar tecnicamente a acusação durante sessão no STF, sendo visivelmente socorrido pelo ministro Alexandre de Moraes, que assumiu a defesa do relatório da PF. Para críticos do processo, isso viola a imparcialidade do julgamento, uma vez que Moraes atua como relator, ou seja, como juiz do caso, e não deveria funcionar como acusador.

“O papel do juiz é analisar as provas apresentadas pelas partes e garantir a imparcialidade. Quando o juiz toma partido da acusação, o equilíbrio processual é quebrado”, afirmou o jurista e ex-desembargador Adilson Santos.

Além disso, há registros de ministros declarando publicamente, ainda na fase de recebimento da denúncia, que estavam inclinados à condenação dos réus — algo que, em uma democracia funcional, deveria ser motivo de impedimento do magistrado por parcialidade manifesta.

Pressões internacionais e a Lei Magnitsky

Paralelamente ao processo interno, cresce a repercussão internacional do que vem sendo percebido por observadores estrangeiros como um uso político do sistema de justiça no Brasil. A chamada “Lei Magnitsky”, aprovada nos Estados Unidos e utilizada para punir violadores de direitos humanos em todo o mundo, pode ser aplicada contra autoridades brasileiras, especialmente no contexto do embate entre o ministro Alexandre de Moraes e plataformas de redes sociais como o X (antigo Twitter), cujo proprietário, Elon Musk, tem denunciado práticas abusivas de censura judicial no Brasil.

Embora a lei não tenha relação direta com Bolsonaro ou com os acontecimentos de janeiro de 2023, ela representa um sinal claro de que abusos judiciais, se comprovados, podem ter repercussões fora do país — inclusive com sanções pessoais a autoridades brasileiras.

Conclusão

A sucessão de depoimentos contradizendo a narrativa construída no relatório da PF, a condução politizada do julgamento pelo STF, e os sinais crescentes de pressão internacional, compõem um cenário cada vez mais difícil de sustentar juridicamente. Enquanto a condenação de Bolsonaro parece ser tratada como favas contadas por setores do Judiciário, a base probatória parece frágil e construída em cima de suposições frágeis, documentos informais e ilações. A dúvida que paira sobre o processo é se o Estado brasileiro ainda opera sob o império da lei ou se está vivendo uma fase de exceção institucionalizada sob o pretexto de preservar a democracia.


Título: Haddad solta o verbo contra a direita e revela desespero no PT em meio à crise interna

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, surpreendeu ao abandonar o habitual tom técnico e partir para o ataque direto em recente evento do PT, afirmando que “ano que vem vamos derrotar essa extrema direita escrota”. A fala, celebrada por setores da esquerda como sinal de coragem e autenticidade, revelou muito mais do que uma simples retórica eleitoral: expôs o desespero e a falta de rumo estratégico dentro do Partido dos Trabalhadores.

A declaração de Haddad aconteceu durante a conferência da corrente majoritária do partido, a Construindo um Novo Brasil (CNB), e veio logo após a desistência de Washington Quaquá de disputar a presidência nacional do PT. Quaquá, prefeito de Maricá (RJ), representava uma ala do partido disposta a repensar a agenda petista e modernizar sua atuação — especialmente no que diz respeito à narrativa e à pauta econômica.

O abandono de Quaquá escancarou as dificuldades internas de um partido que enfrenta rachaduras profundas e um debate estagnado. Com o caminho livre, o nome de Edinho Silva foi confirmado como o próximo presidente da sigla, com o aval direto de Lula e da cúpula governista. Edinho, conhecido pela fidelidade ao discurso tradicional petista, representa a continuidade da estratégia de enfrentamento direto à chamada “extrema direita” — sem, no entanto, apresentar propostas claras sobre como vencer eleitoralmente esse campo em 2026.

A fala de Haddad foi emblemática por outro motivo: ele não disse que o PT vai vencer, mas que “vai dar trabalho” para a direita. A própria escolha das palavras sugere um pessimismo interno quanto à real chance de vitória. Dizer que “vamos dar trabalho” soa mais como consolo do que como projeto.

Enquanto isso, a esquerda segue presa em um discurso que gira em torno da criminalização de seus adversários políticos. A estratégia continua sendo rotular qualquer opositor como “golpista”, “fascista” ou “antidemocrático” — tática desgastada e que pouco convence fora da bolha ideológica. O caso do presidente argentino Javier Milei é um exemplo claro: embora eleito democraticamente, é constantemente descrito como ameaça à democracia apenas por defender ideias liberais e libertárias.

No Brasil, o mesmo rótulo é aplicado a Jair Bolsonaro e seus aliados, muitos dos quais seguem sendo alvos de processos no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Flávio Dino, inclusive, já declarou publicamente que o Congresso “não pode desafiar o STF”, numa inversão preocupante do princípio da separação dos poderes.

O PT parece apostar todas as suas fichas em uma narrativa de enfrentamento e demonização da oposição, sem apresentar soluções viáveis para os problemas que afetam o brasileiro comum — especialmente na economia. A liberdade econômica, pauta central da chamada “nova direita”, tem ganhado cada vez mais espaço justamente por ser percebida como alternativa ao modelo estatal pesado e ineficiente defendido pela esquerda.

A substituição de Quaquá por Edinho Silva simboliza, portanto, mais do que uma troca de nomes: é a vitória da ortodoxia petista sobre qualquer tentativa de renovação interna. O partido segue unido — mas unido na negação da realidade eleitoral e econômica que se impõe no país.

No fim das contas, Haddad pode até “dar trabalho”, mas isso dificilmente será suficiente para deter o crescimento da direita nas urnas. E, como muitos já apontam, o verdadeiro risco não está em uma eventual derrota do PT, mas no caminho autoritário que seus aliados institucionais parecem dispostos a trilhar para impedir que a direita vença democraticamente. Afinal, quando a democracia serve apenas enquanto a esquerda vence, o golpe já não é mais uma teoria — é uma ameaça em construção.

Título: Haddad solta o verbo contra a direita e revela desespero no PT em meio à crise interna

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, surpreendeu ao abandonar o habitual tom técnico e partir para o ataque direto em recente evento do PT, afirmando que “ano que vem vamos derrotar essa extrema direita escrota”. A fala, celebrada por setores da esquerda como sinal de coragem e autenticidade, revelou muito mais do que uma simples retórica eleitoral: expôs o desespero e a falta de rumo estratégico dentro do Partido dos Trabalhadores.

A declaração de Haddad aconteceu durante a conferência da corrente majoritária do partido, a Construindo um Novo Brasil (CNB), e veio logo após a desistência de Washington Quaquá de disputar a presidência nacional do PT. Quaquá, prefeito de Maricá (RJ), representava uma ala do partido disposta a repensar a agenda petista e modernizar sua atuação — especialmente no que diz respeito à narrativa e à pauta econômica.

O abandono de Quaquá escancarou as dificuldades internas de um partido que enfrenta rachaduras profundas e um debate estagnado. Com o caminho livre, o nome de Edinho Silva foi confirmado como o próximo presidente da sigla, com o aval direto de Lula e da cúpula governista. Edinho, conhecido pela fidelidade ao discurso tradicional petista, representa a continuidade da estratégia de enfrentamento direto à chamada “extrema direita” — sem, no entanto, apresentar propostas claras sobre como vencer eleitoralmente esse campo em 2026.

A fala de Haddad foi emblemática por outro motivo: ele não disse que o PT vai vencer, mas que “vai dar trabalho” para a direita. A própria escolha das palavras sugere um pessimismo interno quanto à real chance de vitória. Dizer que “vamos dar trabalho” soa mais como consolo do que como projeto.

Enquanto isso, a esquerda segue presa em um discurso que gira em torno da criminalização de seus adversários políticos. A estratégia continua sendo rotular qualquer opositor como “golpista”, “fascista” ou “antidemocrático” — tática desgastada e que pouco convence fora da bolha ideológica. O caso do presidente argentino Javier Milei é um exemplo claro: embora eleito democraticamente, é constantemente descrito como ameaça à democracia apenas por defender ideias liberais e libertárias.

No Brasil, o mesmo rótulo é aplicado a Jair Bolsonaro e seus aliados, muitos dos quais seguem sendo alvos de processos no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Flávio Dino, inclusive, já declarou publicamente que o Congresso “não pode desafiar o STF”, numa inversão preocupante do princípio da separação dos poderes.

O PT parece apostar todas as suas fichas em uma narrativa de enfrentamento e demonização da oposição, sem apresentar soluções viáveis para os problemas que afetam o brasileiro comum — especialmente na economia. A liberdade econômica, pauta central da chamada “nova direita”, tem ganhado cada vez mais espaço justamente por ser percebida como alternativa ao modelo estatal pesado e ineficiente defendido pela esquerda.

A substituição de Quaquá por Edinho Silva simboliza, portanto, mais do que uma troca de nomes: é a vitória da ortodoxia petista sobre qualquer tentativa de renovação interna. O partido segue unido — mas unido na negação da realidade eleitoral e econômica que se impõe no país.


No fim das contas, Haddad pode até “dar trabalho”, mas isso dificilmente será suficiente para deter o crescimento da direita nas urnas. E, como muitos já apontam, o verdadeiro risco não está em uma eventual derrota do PT, mas no caminho autoritário que seus aliados institucionais parecem dispostos a trilhar para impedir que a direita vença democraticamente. Afinal, quando a democracia serve apenas enquanto a esquerda vence, o golpe já não é mais uma teoria — é uma ameaça em construção.

Secretário de Estado dos EUA fala em “grande possibilidade” de sanção a Alexandre de Moraes e deixa esquerda em alerta

 


— O cenário político brasileiro ganhou um novo e inesperado capítulo internacional. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, declarou durante uma audiência no Congresso norte-americano que há uma "grande possibilidade" de o governo americano sancionar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A afirmação foi feita em resposta a uma pergunta do congressista republicano Cory Mills (Flórida), e rapidamente gerou reações tanto em Brasília quanto na mídia internacional.

A possibilidade de sanções contra Moraes tem deixado setores da esquerda em estado de alerta. Fontes indicam que, diante da crescente pressão internacional e do risco de isolamento, aliados de Moraes já demonstram sinais de distanciamento. A avaliação nos bastidores é que o apoio incondicional ao ministro do STF, responsável por diversas decisões polêmicas envolvendo a liberdade de expressão e a censura de redes sociais, pode ter consequências diplomáticas graves.

O estopim internacional

A menção a possíveis sanções está ligada, sobretudo, ao episódio em que Moraes determinou o bloqueio da rede social X (antigo Twitter) no Brasil, sob a justificativa de que a empresa não possuía representação formal no país — argumento que, segundo juristas e críticos, não encontra respaldo em nenhuma norma da legislação brasileira. A medida ocorreu às vésperas das eleições, levantando sérias suspeitas de interferência eleitoral e motivando apelos por medidas internacionais.

O caso pode enquadrar Moraes nas sanções previstas pela Lei Magnitsky Global, um dispositivo legal dos EUA que permite punir estrangeiros envolvidos em corrupção grave ou violações sistemáticas dos direitos humanos. Entre as possíveis punições estão o congelamento de bens em território americano, bloqueio de contas bancárias e a proibição de entrada nos Estados Unidos. O governo norte-americano não precisa sequer de decisão judicial para aplicar a lei — apenas relatórios, testemunhos e evidências públicas.

Reações e danos colaterais

A fala de Rubio repercutiu fortemente na imprensa brasileira e estrangeira. O jornal The New York Times publicou na mesma semana um artigo elogiando o trabalho da Polícia Federal brasileira no caso da suposta tentativa de golpe por parte de aliados de Jair Bolsonaro. Nos bastidores, a interpretação é de que a matéria visa reforçar a imagem das instituições brasileiras em meio à crescente pressão internacional.

Contudo, críticos apontam que o artigo busca, na verdade, conter o enfraquecimento da base de apoio institucional a Moraes. Informações recentes indicam que diversos auxiliares do ministro estariam abandonando cargos, temerosos de também entrarem no radar de sanções. "Alexandre de Moraes pode até dizer que não se importa em ser proibido de ir à Disney, mas seus assessores, muitos com família nos EUA, certamente pensam diferente", comentou um analista político.

O impacto político

A possível sanção a Moraes representa um duro golpe à narrativa construída em torno da tentativa de golpe em 2023, que muitos opositores do governo e do STF consideram baseada em interpretações forçadas e juridicamente frágeis. A ausência de atos de execução concreta nos supostos planos golpistas é um dos principais argumentos utilizados por defensores de Bolsonaro para descredibilizar as investigações conduzidas por Moraes e pela Polícia Federal.

Além disso, caso a sanção seja efetivada, o Brasil pode ser exposto negativamente em foros internacionais por práticas autoritárias e violações de direitos civis, o que enfraquece ainda mais a imagem de imparcialidade do Supremo Tribunal Federal.

Considerações finais

Embora a assessoria do STF tenha negado que Moraes possua patrimônio ou contas nos EUA, reportagens anteriores já mostraram movimentações financeiras do ministro, incluindo a retirada de valores do banco BTG na Flórida. Resta saber se o governo Biden, até então cauteloso em se envolver diretamente em disputas internas brasileiras, dará seguimento à iniciativa levantada por parlamentares republicanos.

Se confirmadas, as sanções poderão marcar um divisor de águas na relação entre o Judiciário brasileiro e a comunidade internacional, além de acender um alerta vermelho para demais autoridades que venham a se envolver em decisões de viés político sob o pretexto de manter a ordem constitucional.



Crise na Comunicação Bolsonarista: Fábio Wajngarten é demitido após vazamento de críticas à Michelle Bolsonaro

 




Brasília – 21 de maio de 2025 – O ex-chefe da comunicação de Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, foi demitido de suas funções no Partido Liberal (PL) após o vazamento de mensagens trocadas com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, nas quais ele tece críticas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A decisão teria sido tomada por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e segundo a colunista Bela Megale, sob influência direta de Michelle. No entanto, essa versão é contestada nos bastidores e tida por muitos como especulativa, considerando o histórico da jornalista com a oposição.

As mensagens, datadas de janeiro de 2023, foram obtidas a partir do celular de Mauro Cid e publicadas pelo site UOL. Nelas, Wajngarten comenta, em tom negativo, a possibilidade de Michelle se lançar candidata à Presidência em 2026. Em uma das conversas, ao compartilhar uma matéria sobre o assunto, Mauro Cid responde "Prefiro Lula", ao que Wajngarten replica "Idem". Em outro trecho, ele ironiza o valor que o PL estaria disposto a pagar a Michelle: "PL vai pagar 39 mil por mês para Michelle porque ela carrega o bolsonarismo sem a rejeição do Bolsonaro? Em que mundo o Valdemar está vivendo?".

Os vazamentos, segundo críticos, não têm qualquer relação com os inquéritos que envolvem o ex-presidente ou a suposta tentativa de golpe de Estado. Wajngarten, que não é investigado, acabou envolvido em uma crise política interna a partir da divulgação seletiva de uma conversa privada, levantando questionamentos sobre o uso político de informações extraídas pela Polícia Federal.

Apesar do tom crítico nas mensagens de 2023, pessoas próximas a Wajngarten afirmam que, nos últimos meses, ele se tornou um dos maiores defensores do nome de Michelle como possível sucessora de Bolsonaro, caso este permaneça inelegível. A demissão, portanto, teria sido vista por aliados como precipitada e injusta, ignorando uma mudança clara de posicionamento.

O episódio também lança luz sobre as fissuras dentro do bolsonarismo. A eventual candidatura de Michelle Bolsonaro divide opiniões, inclusive entre os mais próximos de Jair Bolsonaro. Nas conversas vazadas, Mauro Cid alerta que, caso Michelle entre de vez na política, "ela vai ser destruída", mencionando que ela teria "muito furo, muita coisa para queimar, inclusive do passado", em referência a questões familiares já exploradas pela mídia.

Além das críticas à exposição precoce do nome de Michelle, os interlocutores discutem os riscos de desgaste político e a possibilidade de que setores da imprensa e da esquerda usem tais informações para atacar a ex-primeira-dama.

A forma como o material foi divulgado também gera polêmica. Para analistas e apoiadores do ex-presidente, o vazamento parece fazer parte de uma estratégia de desestabilização interna, mirando diretamente o núcleo mais próximo de Bolsonaro. O fato de a conversa ter sido publicada fora de contexto, e de maneira aparentemente coordenada com o cenário político atual, reforça a percepção de perseguição seletiva.

Por enquanto, Wajngarten permanece em silêncio sobre sua demissão. Bolsonaro também não se pronunciou oficialmente. Já Michelle Bolsonaro, apontada como possível responsável pela exoneração, ainda não comentou as mensagens nem a crise deflagrada.

O caso acirra as tensões no interior do bolsonarismo e reacende o debate sobre os métodos utilizados por setores da imprensa e da Polícia Federal no manejo de dados obtidos em investigações, especialmente quando envolvem figuras públicas não investigadas formalmente.

Com a eleição de 2026 no horizonte, a disputa por espaço e protagonismo no campo da direita ganha novos contornos — e Michelle Bolsonaro, mesmo sem ainda ter confirmado sua candidatura, já está no centro da tempestade.

Título: A Ascensão de Michelle Bolsonaro e o Medo da Esquerda: Quando a Narrativa Desmorona


A recente preocupação de veículos como Folha de S. Paulo, Diário do Centro do Mundo (DCM) e Revista Fórum com a ascensão de mulheres conservadoras à liderança política revela mais do que simples análises eleitorais: escancara o temor da esquerda com a crescente popularidade de figuras como Michelle Bolsonaro e o esvaziamento de suas estratégias tradicionais de propaganda.

Reportagens recentes acusam a chamada "ultradireita" de apostar em mulheres para "suavizar a imagem" e "normalizar pautas radicais". Mas o que realmente incomoda a mídia alinhada à esquerda é a possibilidade de que essa aposta possa dar certo — e melhor ainda, conquistar o eleitorado feminino, minando décadas de narrativa sobre misoginia, machismo e exclusividade progressista nos direitos das mulheres.

Michelle Bolsonaro, ao que tudo indica, é o novo pesadelo da esquerda. Sua imagem de mulher cristã, conservadora, carismática e comunicadora eficiente mexe com a lógica do marketing político progressista. A narrativa do "fascista, racista e misógino" que colava facilmente em figuras como Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro ou Tarcísio de Freitas, perde força diante de uma mulher que, além de esposa do ex-presidente, é vista com simpatia até mesmo por setores apolíticos da sociedade.

A mídia tenta colar rótulos — “extrema direita”, “normalização do radicalismo” — mas se vê presa à sua própria contradição: não eram eles os defensores da representatividade feminina? O problema parece não ser o gênero, mas o alinhamento ideológico. Mulheres só servem como símbolos de progresso quando estão à esquerda. Quando uma mulher é conservadora, cristã e fala em liberdade econômica, vira imediatamente alvo de caricaturas e acusações de "fachada".

O contraste fica ainda mais gritante quando se nota o esforço simultâneo da esquerda em tentar lançar Janja Lula da Silva como alternativa feminina à Michelle, mesmo após declarações polêmicas como “eu falo besteira mesmo e não vou parar”. A tentativa de construir uma antítese feminina para frear o avanço da ex-primeira-dama revela o pânico eleitoral em torno de 2026.

Enquanto isso, a direita discute internamente se Michelle é ou não uma candidata viável. Alguns resistem à ideia por puro preconceito de gênero — o que é um erro estratégico. Em termos de marketing político, Michelle representa uma chance única de furar a bolha da comunicação hostil e conquistar o eleitorado médio, apático, mas sensível à imagem de alguém "do bem". Em uma sociedade onde ainda se julga o livro pela capa, como mostra qualquer pesquisa de percepção pública, uma candidata com aparência simpática, fala mansa e discurso firme pode ter enorme apelo.

E é aí que reside o desespero da esquerda: sabem que perderam o monopólio da linguagem emocional, da narrativa vitimista e do discurso visual. Sabem que, por trás do discurso sobre “normalização da ultradireita”, está a constatação de que seus próprios métodos foram aprendidos — e aperfeiçoados — por seus oponentes.

Sem argumentos consistentes contra a pauta da liberdade econômica, resta à esquerda tentar colar em Michelle Bolsonaro os mesmos rótulos batidos de sempre: fascismo, autoritarismo, misoginia. Mas o problema é que esses rótulos colam mal numa mulher sorridente, evangélica e que fala sobre família. A charge de Michelle de suástica no braço não provoca a mesma indignação — provoca riso, ou pior, indiferença.

O medo da esquerda não é que Michelle suavize a imagem da direita. O medo é que ela vença.


Colunista e jornal Zero Hora são condenados a pagar R$ 600 mil por reportagem sobre salário de desembargadora — e agora a esquerda grita por liberdade de expressão

Porto Alegre, RS — A Justiça condenou a colunista Rosane de Oliveira e o jornal Zero Hora , do grupo RBS, a pagar uma indenização de R$ 600...