Pastor rebate declaração de Rodrigo Silva sobre Jesus como Arcanjo Miguel: ‘Ensino falso’


Uma recente pregação do arqueólogo e teólogo adventista Rodrigo Silva, onde ele afirma que Jesus seria o Arcanjo Miguel nos relatos do Antigo Testamento, gerou polêmica entre líderes evangélicos. O pastor Renato Vargens, conhecido por sua defesa do cristianismo ortodoxo, classificou a declaração como “heresia” e alertou para os perigos desse tipo de ensino.

A controvérsia

No vídeo, Rodrigo Silva defende a visão adventista baseada nos escritos de Ellen G. White, profetisa do Adventismo do Sétimo Dia. Segundo ele, Jesus, antes da encarnação, teria se manifestado como Miguel, o Arcanjo:

“Mesmo no céu, Ele era Miguel, o arcanjo. [...] Embora em forma angélica, esse aí não é um anjo qualquer, este aí é Deus já em forma angélica.”

Essa interpretação, que se alinha à doutrina adventista, busca explicar passagens bíblicas em que o Arcanjo Miguel aparece como líder de exércitos celestiais.

Resposta teológica

O pastor Renato Vargens, líder da Igreja Cristã da Aliança, rejeitou enfaticamente essa interpretação, afirmando que ela não encontra respaldo bíblico:

“A Bíblia em momento algum identifica Jesus como Miguel. Esse é um entendimento de Ellen G. White, profetisa adventista, que se contrapõe àquilo que a Bíblia ensina.”

Ele também destacou um exemplo das Escrituras que, segundo ele, refuta a visão adventista:

“Quando Miguel disputava com o diabo, disse: ‘O Senhor o repreenda’, implicando claramente que ele não era o Senhor.”

O pastor Ciro Sanches Zibordi, da Assembleia de Deus, também se posicionou, chamando a fala de Rodrigo Silva de “heresia pura”.

O debate sobre a identidade de Miguel

A interpretação de que Miguel seria Jesus é um ponto de doutrina específico dos adventistas do sétimo dia, mas é rejeitada pela maioria das denominações cristãs evangélicas, que afirmam que Miguel é apenas um anjo poderoso, enquanto Jesus é Deus encarnado.

Para líderes como Vargens, associar Jesus a um ser angélico é uma afronta à divindade de Cristo:

“Miguel não é Deus. Jesus é Deus.”

Reflexão para os cristãos

A controvérsia reacende o debate sobre a importância de uma interpretação bíblica sólida e bem fundamentada, sem depender de tradições ou escritos extra-bíblicos. Líderes evangélicos alertam para o cuidado ao abraçar ensinos que possam desviar da essência do Evangelho e da centralidade de Cristo como único mediador entre Deus e os homens.

O caso reforça a necessidade de discernimento teológico na análise de pregações e ensinamentos que, embora bem articulados, podem se afastar do que a maioria dos cristãos considera como verdade bíblica.

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