Título: A Ascensão de Michelle Bolsonaro e o Medo da Esquerda: Quando a Narrativa Desmorona


A recente preocupação de veículos como Folha de S. Paulo, Diário do Centro do Mundo (DCM) e Revista Fórum com a ascensão de mulheres conservadoras à liderança política revela mais do que simples análises eleitorais: escancara o temor da esquerda com a crescente popularidade de figuras como Michelle Bolsonaro e o esvaziamento de suas estratégias tradicionais de propaganda.

Reportagens recentes acusam a chamada "ultradireita" de apostar em mulheres para "suavizar a imagem" e "normalizar pautas radicais". Mas o que realmente incomoda a mídia alinhada à esquerda é a possibilidade de que essa aposta possa dar certo — e melhor ainda, conquistar o eleitorado feminino, minando décadas de narrativa sobre misoginia, machismo e exclusividade progressista nos direitos das mulheres.

Michelle Bolsonaro, ao que tudo indica, é o novo pesadelo da esquerda. Sua imagem de mulher cristã, conservadora, carismática e comunicadora eficiente mexe com a lógica do marketing político progressista. A narrativa do "fascista, racista e misógino" que colava facilmente em figuras como Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro ou Tarcísio de Freitas, perde força diante de uma mulher que, além de esposa do ex-presidente, é vista com simpatia até mesmo por setores apolíticos da sociedade.

A mídia tenta colar rótulos — “extrema direita”, “normalização do radicalismo” — mas se vê presa à sua própria contradição: não eram eles os defensores da representatividade feminina? O problema parece não ser o gênero, mas o alinhamento ideológico. Mulheres só servem como símbolos de progresso quando estão à esquerda. Quando uma mulher é conservadora, cristã e fala em liberdade econômica, vira imediatamente alvo de caricaturas e acusações de "fachada".

O contraste fica ainda mais gritante quando se nota o esforço simultâneo da esquerda em tentar lançar Janja Lula da Silva como alternativa feminina à Michelle, mesmo após declarações polêmicas como “eu falo besteira mesmo e não vou parar”. A tentativa de construir uma antítese feminina para frear o avanço da ex-primeira-dama revela o pânico eleitoral em torno de 2026.

Enquanto isso, a direita discute internamente se Michelle é ou não uma candidata viável. Alguns resistem à ideia por puro preconceito de gênero — o que é um erro estratégico. Em termos de marketing político, Michelle representa uma chance única de furar a bolha da comunicação hostil e conquistar o eleitorado médio, apático, mas sensível à imagem de alguém "do bem". Em uma sociedade onde ainda se julga o livro pela capa, como mostra qualquer pesquisa de percepção pública, uma candidata com aparência simpática, fala mansa e discurso firme pode ter enorme apelo.

E é aí que reside o desespero da esquerda: sabem que perderam o monopólio da linguagem emocional, da narrativa vitimista e do discurso visual. Sabem que, por trás do discurso sobre “normalização da ultradireita”, está a constatação de que seus próprios métodos foram aprendidos — e aperfeiçoados — por seus oponentes.

Sem argumentos consistentes contra a pauta da liberdade econômica, resta à esquerda tentar colar em Michelle Bolsonaro os mesmos rótulos batidos de sempre: fascismo, autoritarismo, misoginia. Mas o problema é que esses rótulos colam mal numa mulher sorridente, evangélica e que fala sobre família. A charge de Michelle de suástica no braço não provoca a mesma indignação — provoca riso, ou pior, indiferença.

O medo da esquerda não é que Michelle suavize a imagem da direita. O medo é que ela vença.


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