O que disse o ex-agente do FBI?
Jonathan Boman afirmou que a agência de inteligência russa, o GRU, tem uma estratégia para atrair e influenciar grandes CEOs americanos da área de tecnologia, usando, segundo ele, métodos como drogas, sexo e chantagens. Musk estaria entre os alvos dessa operação. De acordo com Boman, o contato direto do empresário com Vladimir Putin desde 2022 foi uma das peças-chave dessa relação.
A entrevista sugere que os russos podem ter obtido informações comprometedores sobre Musk, especialmente envolvendo o suposto uso de drogas, como ketamina, e sua presença em eventos como o Burning Man, conhecido por festas com uso de substâncias. Ainda que essas acusações pareçam improváveis para um empresário com tanta visibilidade e recursos para preservar sua imagem, o ex-agente aponta que essas práticas são comuns para criar vulnerabilidades exploráveis.
A mudança abrupta de Elon Musk na guerra da Ucrânia
Outro ponto que chama a atenção é a mudança drástica no posicionamento de Musk em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia. No início da guerra, Musk foi visto como um forte aliado da Ucrânia, enviando terminais de internet via satélite Starlink, que tiveram papel crucial para as forças ucranianas. Porém, em outubro de 2022, essa postura mudou de forma repentina. Musk passou a criticar abertamente a Ucrânia, chegando até a ameaçar desligar os satélites Starlink que serviam ao país.
Essa guinada gerou questionamentos sobre o que teria motivado Musk a mudar tão radicalmente de lado. Alguns sugerem que ameaças de Putin, como o risco de ataque nuclear ou o derrube dos satélites, podem ter pressionado o empresário. Outros especulam sobre a possibilidade de chantagens, talvez envolvendo informações sensíveis ou mesmo problemas pessoais relacionados ao uso de drogas e relações sexuais.
Elon Musk, Trump e a política internacional
Vale destacar que Elon Musk mantém uma relação próxima com Donald Trump, inclusive participando de eventos ligados ao ex-presidente americano, que também tem sido alvo de acusações, já desmentidas, de ser um agente russo. Musk parece estar cada vez mais afastado do protagonismo público, em parte por conta da queda do valor das ações da Tesla — possivelmente reflexo do desgaste político que sua postura tem gerado.
Conclusão: mito ou realidade?
Será que Elon Musk é realmente um agente russo? O próprio ex-agente do FBI que fez as alegações está preso por ter divulgado informações confidenciais, o que coloca suas declarações sob suspeita. Além disso, Musk é um personagem complexo, com interesses globais e estratégias difíceis de compreender à primeira vista.
O que podemos afirmar é que Elon Musk tem sim contatos diretos com Putin desde 2022, e que sua mudança de comportamento em relação à Ucrânia é abrupta e intrigante. Se há alguma forma de comprometimento ou chantagem, isso ainda está longe de ser comprovado.
Enquanto isso, a possibilidade de uma infiltração russa em executivos de tecnologia americanos — mesmo que controversa — merece atenção, especialmente diante do contexto de espionagem e guerra de informações que vive o mundo hoje.
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